domingo, 27 de dezembro de 2009

NOITE DO ALÉM

Tudo começa de manhã:

Era um dia frio mas solarengo e eu estava triste nas saias da Mã e das Manas. porque a Mamã da Leonor partiu e eu senti...de certa forma, como deve ser INCALCULAVEL dizer Adeus à nossa Mãe, aos nossos Filhos.

Mas o Sol do dia foi-se mostrando radiante e fomos Passear sem ter fim...
Senti pela primeira vez em muitos anos, vontade de voltar, de ficar, e percebi, que voltei ao melhor sitio, e isso fez-me andar orgulhosa e expectante por todo o lado.

Vi tantas caras, tantos corações, tantos sorrisos, tantos olhares amigos, conhecidos, de conforto, de paz, de revivalismo, que sonhei andar a pé por toda a parte, tocar a Terra, ouvir a Chuva, dormir e acordar ali, assim nesta inércia saudosa, e só terminasse daqui a muito tempo.

Momentos com a Mã e muitas fotografias, muitas coisas bonitas, e um pôr do Sol muito frio, mas lindo e maravilhoso demais á Vista!...

E a noite foi do ALÉM!

Muitas Pessoas, Muita Musica boa, o álcool tipico dos Poetas, a fada lilás do Gin e a certeza de que daria tudo para que pudesses ver, ver tudo isto!

Amei, amei, Amei e quero Voltar!!!

Um Obrigada especial ao Pato, por me mostrar como é bom voltar a casa, passados todos estes anos!

JOAQUIM PAULINO PENA

Português ou Italiano?

Um pouco de tudo...

Menino especial, "Mano" de alma do Pato,

Menino que já é Homem

E como Homem detecta as alegrias e as tristezas de um Dragão Alado perdido algures no frio do Alentejo...

Joaka, detectas a velocidade do meu sorriso, mas percebes o impasse das minhas dores de partida e de chegada, percebes a confusão da minha entrega e dizes-me que tenho de dar tempo para conhecer e perceber até que ponto a Vida se encarrega de unir e separar as Pessoas.

Damos tempo...
É preciso o tempo...
Aquele que é o meu Universo e depois me condena,

Me desespera...

Enche-me de esperanças e rouba-me todos os sonhos, nestes silêncios que tu e eu descobrimos, e chamámos de REFLEXÃO.

Tu dizes que os silêncios não são de todo, DESCONFORTÁVEIS, eu digo que me sinto DESNORTEADA....ou VARADA aceitando-os como parte fundamental do processo.

Afinal?!.... Se eu calar esta voz por uns tempos, se eu parar de debitar as ideias e se eu parar de pintar com palavras devotas tudo o que vejo, e o que quero partilhar, até que ponto?

Até que ponto vem aquele Rapaz á procura do Dragão que lhe rasga os céus cheios de Loucura?

A minha doidice é natural e a chama que mora no meu coração, é GENUÍNA, REAL, tão real que mete medo ao susto!

E eu não posso esperar que todas as Pessoas, estas Pessoas, mudem na mesma proporção da mudança que escolhi, qual Borboleta radiante, livre, transformada!

Eu viajo para além dos sorrisos e agradeço o conforto das ideias que trocámos.

Vejo-te apaixonado pela tua Sophie Belga, mas sem medo de a perder daqui uns meses, no final do erasmus....quem sabe?

Sabemos lá nós, o que é a Vida?

Vejo-te a olhar para um dia de cada vez, sem medo, com muita entrega e sinto-me tentada a partilhar que também faço o mesmo.

BRAVO JOAQUIM! O AMOR IMPLICA CORAGEM independentemente do tempo e do medo normais que este acarreta.

Na penumbra da nossa conversa vejo-te pronto a descobrir um novo Mundo se fôr preciso!

E eu a enganar as horas das minhas descobertas aqui, lá, do que já chorei, e melhor será que não volte a importar-me e a beber em doses descomunais a real dimensão da minha Vida e o fio condutor de tudo o que sou e sinto por ora...

Obrigada Joaquim, pela tua visita e sabedoria emocional inesperada, e obrigada pela Surpresa que foi a tua Vinda de Piza.

Ficamos para as gramáticas de Itália nessa semana de aventura já combinada.
Guarda o teu amor o muito que poderes.

Que eu farei o mesmo.

Voei..........................e já deixo saudades.
Verdadeiro Afecto. Verdadeiro Amigo.

Natal a quanto obrigas...

Depressa!!! o mais possível!!!!

Acabem com estes festejos, relações humanas cuidadosas, precipitadas, instantâneas que começam num dia cheio de luzes e cânticos gregorianos e é uma fona disparatada na corrida às prendas, cuja a escolha se prende com o agradarmos a gregos e a troianos.

Pelas Leoas vale a pena o tempo de ensinamento de que Deus escolheu homenagear uma Mulher e a abençoou com um filho Homem, humano e imperfeito, que chocou e abafou o ódio e a inveja dos Homens,DE TODOS os Homens...ESSA, que jamais termina!...

O Natal apenas se me repete nas minhas alegrias de menina com os meus Pais e Avós, e aqueles votos repetidos para o ano que se segue.

O momento exacto reflecte:

Uma familia, "fragmentada" pela circunstância

O meu coração em silêncio nesta ausência tua que tenho de entender que é natural e desvalorizá-la....

As lembranças de quem já cá não está e valeria muito a pena estar!!

E como o Natal obriga a este cabaz de nauseas, não houve votos hipócritas para ninguém e só houve prendas a quem tive um gozo imenso de mimar e de cuidar, e de escolher, e de pensar em, e de pensar para...

Ainda que material, é a prespectiva mais fiel de dar...dar ALTRUISTA! Simplesmente dar...

A Máquina fotográfica fez as minhas delicias!!!...

ENCHI-ME DE ALENTEJO!!!

E percebi que a muito CURTO prazo retomarei os CAVALOS! E que a minha Leoa primogénita vai adorar esta experiência...esta novidade...este entusiasmo em algo tão lindo...

Cavalos e sobreiros para me encherem o coração

Que esbanjo, canso, convenço...

Que consegue ver...quando no fundo é cego E PRECISA DE AJUDA NA SUA DETERMINAÇÃO.

Natal????

Vou inventar um só meu a começar e a acabar COMO ACABEI ESTE, cheia de Tudo, FELIZ!

Obrigada meu Deus pelas Leoas
Obrigada Pelas Manas e Pais
Obrigada pelos Amigos e Conhecidos
Obrigado pelo Sol, pela Chuva, pelas Estrelas
Obrigada pela comida, pelo alimento da alma, pela Esperança
Obrigada por estar aqui a viver tudo isto, NESTE EXACTO MOMENTO!

Amém

Voei.............Voei ALTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Guarda-me DENTRO de TI...

Da Vida que não é nossa!...

Faz-me tua RAINHA

Da cama que é ausente enrosca-te no meu ABRAÇO nu

Da intimidade secreta, VIGIA este banho lento e mole, onde toda a água me ABSORVE e HUMEDECE

E todo o DESEJO existe por que sei que ME OLHAS

Guarda-me nessa IMAGINAÇÃO NOSSA, em que somos o que somos, EM QUALQUER PARTE...e a SAUDADE e o FRENESIM chamam-nos com o ENTUSIASMO de duas CRIANÇAS.

Na RELAÇÃO SEM NOME, ainda SEM TEMPO,

VEM,

TOMA-ME,

Escorrega DENTRO DE MIM, cioso desse AMOR QUE TEMES por ser "demais"...

Esse DOCE CALOR molhado, que já conhece e sente a falta do TEU CALOR,

de FOGO
de LUZ

as tuas MÃOS CUIDADOSAS....DESENFREADAS...puxando-se para dentro de mim e dizendo pelo tacto:

MINHA
MUITO MINHA

Da SAUDADE que sofre pela ausência do Tempo e da circunstância,

Essa mesma saudade QUE ME TOCA TODA, NA PELE, OLHOS NOS TEUS, BOCA NA TUA BOCA, E esse puzzle de sentimentos e palavras...dentro de mim...

Guarda-me na PAZ da LOUCURA que te dou, e que tu tens, SEGURO E APAIXONADO, sem pedir certezas...

Guarda-me na ÚNICA VERDADE que temos.

Que existe algures, nem que somente encerrado neste espaço, a "nossa" casa!

Vens?

Vamos?

DURAÇÃO DO SILÊNCIO

Nos melhores préstimos da meditação, o Amor serve-nos o propósito de se remeter ao silêncio, para se entender para lá do som, e das palavras, e de todas as informações que parecem deixar-nos confusos, com tanta ideia e espectro para arrumar...

Adquiri este silêncio como máxima natalícia, para me esquecer por momentos da hipocrisia recorrente que são estes dias, e de como me é de todo desconfortável passar este época.

E se fôr tentar entender toda esta filosofia angustiante que o Natal me traz nos seus preparos, junto com a tentativa chega um silêncio desmedido, onde me encontro, e pareço estar vencida de certa forma em estar...

Como que uma solidão necessária para de novo, muito em breve me conseguir reagrupar incógnita de novo entre as Pessoas e seguir...

Mas dentro do silêncio encontro também a paz necessária para acalmar a ingenuidade com que vivo o meu e o teu desejo.
Deixá-lo recordar-se em momentos tão bons, tão loucos e nossos, dentro desta película que não precisa de legendas para a sabermos real e a pressintirmos.

Dentro do tempo que este silêncio dura, além de todos os mimos que podia acalentar na minha alma, de todos os pseudo projectos que nascem do meu coração e olhos apaixonados...

Gosto de compartilhar este silêncio, aqui, HOJE, AGORA.

Voei................

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

FALSA MEDICINA HUMANA

Estudante errante...errante de falsa crença ainda não conscencializada que o Amor tudo cura e tudo realiza, da doçura que têm as rosas secas, as promessas ou as esperas de beijos doces, as palavras que se tomam tão só nossas, tão só tuas e minhas, menina vaidade do "meu" e do "teu".

Pode não ser o mais vantajoso para ti, e certamente não será o mais vantajoso para mim, mas ainda assim, são tão dadas de bom grado estas palavras, quase tão belas quanto os silêncios das flores dadas.

São as minhas falsas e traiçoeiras esperanças que me deixam, estranhamente e apesar de tudo neste sinónimo de paz imensa e amor, e que apesar de todas as dúvidas me têm graciosa e tristemente crente.

Pois... MUITO OBRIGADA POR TUDO mas não me chega...não me satisfaz esta mistura das coisas; a propósito:

- Não há direito a cobranças neste romance limitado de análise comum, em que o entusiasmo é usado a conta gotas.

Pergunto outra vez: O QUE PRETENDES?

Porque em alguma Biblioteca da Vida deve haver significado para isto...
Diz-me...porque quanto mais não seja, preciso da mesma frontalidade e tomada de decisão que me fez apaixonar por ti.

NÃO PRECISO DE ME EXPÔR
NÃO PRECISO DE PROTAGONISMOS
DESEJO TUDO MENOS CASAR!...
Mas preciso de ENTENDER aos olhos de Deus, se somos sensatos em nos conhecermos e desafiarmos.

Esta abertura e entrega contigo é tão significativa quanto pequena e foi isso que me fizeste sentir na tua vaidade de menino mimado ao sair porta fora, e deixar-me à toa sem perceber o que se passou que justificasse tal gesto... que depois resolves num ápice angustiado e me perguntas se te quero fazer FELIZ?

E TU???
QUERES MESMO SER FELIZ?????

Não sabes o que irás fazer, e não, NÃO me podes enfiar pela cabeça abaixo de alguém, de outra pessoa.

Não me posso camuflar na tua Vida...

Sou uma Pessoa, Uma Vida Própria, com tudo o que o meu Universo acarreta.

O teu gostar é controverso, e quando..????

QUANDO VOU ESTATELAR-ME DE VEZ NO CHÃO?

Já tantas vezes como hoje me entristeci para mais vezes, mais vezes me alegrar de sonhar uma Vida que não é minha, por ti!!!

Talvez eu não esteja a prioritizar, talvez me esteja a perder no tanto que sinto...

Puta da emoção que me faz entregar tudo, e depois, mãos, mãos vazias!...

Peço-te tantas vezes que me guardes, mas onde poderás tu esconder,e por quanto tempo, DRAGÃO DE TAL TAMANHO????

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dear Chocolate!

Mana Minha,

Lembras-te da azáfama do vestido de noiva?

Foi uma busca inquieta da novidade, de achar que merecia um conto de fadas, de sentir que o sofrimento nada é perto de quem ama verdadeiramente, e que quer no desconhecido continuar a amar, mas em forma de promessa...

Vestido Lindo Este que tanto suor e poupança te gastou!

Já quis deixá-lo no mar, mas para ser temos de ir as duas! ( Não vamos nada!!!Sei que me irias matar...!)

Sabes o que o meu pai tanto diz do Mar, que Nele devemos deixar as nossas Mágoas, mas também as nossas alegrias! Prefiro que chegue a Praia e os nossos dias felizes de Areia!

Esta " Fita do Bom Fim" rompeu-se irmã!!!

E tudo isto porque o meu barco saiu distraido e cansado, numa manhã calma que nasceu no Mar e desejou um Porto de Abrigo.

Desejei amorosamente e APAIXONEI-ME!

E sabes?

Para os meus rituais de amor e saudades, apenas basta a Chuva e aquele alguidar de zinco para ser feliz!

O meu banquete de alegria é o maravilhoso arroz de favas da tua Mãe e a minha aliança, as palavras que todos os dias recebo e que todos os dias dou!

A devoção que não se mede por sermos "isto ou aquilo" PARA OS OUTROS, mas de sermos, UM PARA O OUTRO.

Deixei de coleccionar prendas, cheias de angústia, comecei a receber o que de facto me faz falta...

Doçura,
Muita Doçura,

Já nada me doi, apenas a saudade que mantenho de ti!

Volta Nigga! Estou a ressacar...

Por muito Errado, apenas Humano...

Tento analisar-te apenas enquanto Pessoa, apenas a índole.
Porque após estes 8 anos, não consigo perceber de facto como pode somente o Mundo à tua volta ser melhor, com essas inclinações de poder e de que tudo passa pelo centro da tua Mão.

Pois interessa-me zelar por esta imagem,, que começo a esquecer-me, de homem bom, homem de bem e que de facto, a tua educação ainda é pouco, parte do que me agradou em ti.

Mas chego à conclusão, e é importante reflectir, o peso que os nossos Pais, as nossas escolas, os nossos Mestres tiveram em nós.

E como vês vivo perfeitamente bem com os meus vicios de Pessoa, que mais do que pertences, colecciono e cultivo os bons instintos, e acredita que o meu verdadeiro património reside, no que faço de bem aos outros e no Bem que eles me fazem a mim.

O que levo da nossa relação são o livre arbitrio das lições que escolhemos ter, e não os palácios de cristal como falsos bom exemplos.

Aprendi que o Poder de " TER" e "PODER", "COMPRAR", se apodera de nós com a mesma facilidade com alguém se vende sobretudo, contra o Bem.

Prefiro-me sem nada disto, sem todas estas paredes, roupas e brilhos que me sufocam, e prefiro-me sem os prazeres que me roubas e que eu assumo.

A única coisa que quero, em tudo o que imagino poder dar às Leoas, é tudo o que FUI e me ajudou a SER com a educação que não prescindo, e o exemplo, bom ou mau, das acções que tomei e das virtudes que persegui.

Que o meu amor seja a fonte
Que a minha dureza seja a montanha
Que o meu sorriso seja o suporte
E que todas as dores e alegrias das minhas filhas sejam a minha benção!

Nascidas de Mim
Nascidas de Ti
Apesar de perceber
Que é a partir daqui somente que nos reconhecemos...enquanto PAIS DAS LEOAS

Odiosos
Crueis
Mas PAIS DAS LEOAS!!!!

No teu poder, na tua força imprópria o meu amor e admiração jamais poderão nascer..não por substituição, mas porque esse mesmo Amor que existiu e deu frutos, morreu no momento em que me comecei a viver autónoma, gostando de mim, e respeitando sobretudo o meu bem estar fisico. E percebendo que tu não o fazias...ou fizeste-o por muito pouco tempo.

O meu amor por ti, despede-se, estranho e impessoal, com respeito por todas as coisas morais e espirituais que esborrachámos em vão...e que não voltará a existir. É de todo impossível.

Impossivel, é eu conseguir compreender, se te tornaste nisto, então a minha queda foi a pique e a minha ideia ingénua e carente demais...

Não me arrependo, fazias parte do meu "processo" mas estou consternada com a Pessoa que vejo que és, ao fim de todo este tempo...

AZUL DA SAUDADE

Sei o que és, onde estás, onde não estás...e ainda assim


SOU


AZUL DE SAUDADE!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Simbiose

Perfeita...

Só me vem à cabeça o encaixe morno e delicado, a proximidade de tudo em nós, as palavras roucas, as súplicas tão só nossas, o extâse, de morarmos um no outro, uma e outra vez...

Se é vício...não sei...
É-me tão feliz esse Vicio, que passarei a ter mais nenhum outro se preciso fôr...

Vicio-me em ti.
Sou e venho para ti.

Estou em ti, e à tua procura.

Vicio-me no teu cheiro que é colo.
Vicio-me nos teus olhos que é luz.
Vicio-me no teu riso que é doce.
Vicio-me na aprendizagem que tenho todos os dias.
Vicio-me por me alimentares os sonhos e dizeres-me: Coragem, avança! Pois se é esse o teu caminho...

Vicio-me porque independentemente da forma como queres, como podes, queres-me feliz, e eu não consigo sentir-me com pouco ou com as tais migalhas que a minha neurose por vezes fala.

Vicio-me na espontaneidade do tempo em nós e da linda história que hoje, cresce e se revela mais um dia...

Vicio-me por me teres ensinado a Viver um dia de cada vez, francamente melhor do que viver décadas sem nunca me aperceber de que me preciso reconhecer todos os dias...
Vicio-me na Honestidade, na Devoção, na Fidelidade que me ensinaste.

O que mais te doi são os principios.
Mas já viste meu querido, como até esses senhores são relativos?

Basta irmos por esta premissa: O QUE É O BEM E O MAL?

O QUE É QUE É BOM? O QUE É QUE É MAU?

O que é bom para mim, pode ser mau para ti e vice versa!

E sim, haverá coisas que jamais faremos...aquelas que têm a ver com o nosso carácter, e que se detectam nas coisas mesmo muito más.
É no desespero que vemos o quão maus, loucos, egoístas, narcisistas conseguimos ser.


Faço algum mal em AMAR-TE!??

Não...amo-te! Numa simbiose perfeita!




E ainda....

SUBLIME!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Doce Camisola

Quero-te!

Corajosa a minha alma, que te quer, nestes momentos de azáfama em que nos misturamos de tal forma, que mesmo depois, momentos mais tarde continuo a sentir-te, movendo-te lento e rápido, dócil, sequeoso, saudoso, desenfreado, dentro de mim, como um sonho imenso que palpita. E sobra-me depois como um tesouro, como um mimo de estimação e prenda, esta camisola quebrada por nós, onde guardo todos os minutos, todas as palavras.

Guardo-te em mim, no meu colo, com uma perda de noção de tempo invulgar, onde só ouço o meu e o teu coração, e nada disto me parece chão ou escuro, mas sim uma cama fofa feita de vontades e afectos, de surpresa e descoberta, de mimo e muita, muita excitação...!

Guardo a tua camisola, e retenho-a em estilo de pirata, para te cheirar vezes sem conta e para me sonhar vaidosa adormecendo ao teu lado...para me descobrir perfeita ao acordar junto a ti, ao saber do incerto que não tenho medo, medo algum , senão o medo da ausência, deste imenso conforto.

Chamar-lhe-iam pequeno ou ilusório se soubessem, mas sabem lá as Pessoas o poder da camisola e a joia que é senti-la, enroscar-me nela, perder os receios e perceber que pertenço ali, neste cheiro e calor, sem precisar de promessas de que amanhã assim será também.
Eu espero...assim como suspiro...assim como aguardo...mas se tu me falas em TUDO, quero pois perceber o teu TUDO um dia de cada vez...

Permito-me a manter esta lembrança para me recordar que me aventuro no tempo e no espaço para conhecer o que em ti possa haver de mais divino, mas também de mais humano.

Para entender o que nunca perderás, e que julgas que perdes...
Para entender o que pensas fazer mesmo que o não faças...
Para compartilhar das tuas alegrias imensas em que explodirás de contentamento,e para te acompanhar nas tuas perdas que sei que serão intoleráveis!

Pretendo estar aqui agarrada à tua camisola que me mostra sem decepção que também poderás falhar...mesmo que não aconteça...
Para dobrá-la e vesti-la vezes sem conta, para me admirar curiosa frente ao espelho somente de camisola e imensamente bem posta.

Guardo esta camisola para reunir o bocadinho que acho que perdi sem jeito, algo tonta...para sonhá-lo outra vez, um dia, quem sabe, desta vez com propósito e imensa espera.

Ao dormir neste monte de linhas bem orquestradas e quentes sinto-me poderosa, eterna e amada...e sinto-me guardada, devida e realmente guardada de toda a Guerra, e em mim nasce já reforçada, aquela esperança romântica e só minha que às vezes julgo tão perdida!

E ter de devolver-te a camisola é um especie de prova...teste...
Um teste de pensamentos e dúvidas, de percepções sem exigir certezas.

E sabes porquê? Porque apesar das estatisticas do Mundo, foco-me no que devo acreditar, vivo o que acredito, perdidamente, de forma devota, unidireccional, apesar das aparências!...

Coragem para te devolver esta camisola...que és tu, em forma de pano manchado, desse amor que me reservas em horas incertas mas genuínas, onde te despreendes e dás forma ao sonho...

Pois, muito bem, devolvo a camisola..
Farei poucas perguntas e contentar-me-ei com algumas respostas

Mas jamais irei comprometer este sonho...

E com camisola ou sem, irei fazer o que tantas vezes te digo.

Quero lá saber dos silêncios que me parecem monstros, das montanhas de espera de ti no tempo para mim, dos planos, e se queres fazer parte deles, até que ponto ganhas forma neles...

Todos os dias, os nossos dias, a nossa proximidade, mas também esta distância imensa da noite, das horas que não te tenho e gostaria de ter, são as "pedras no caminho" para essa semente prometida que te reservo, sem cobranças, sem barreiras...

Ao dormir nesta camisola, pesam-me os olhos sobre o tempo e o espaço que é relativo e quando finalmente adormeço, vejo-te, tenho-te, muito mais perto...mais regular e prometido, destinado..nada de errado ou de suspeito!

E prefiro estar cega por momentos...para que os meus olhos não me atordoem o espirito de desconfianças e erros, porque no exacto momento em que te escrevo o quanto me agarro a esta camisola, sinto-te aproximar de mansinho, nesse abraço e boca cheia de cuidados, que me tomam tão suaves e delicadas, como se eu fosse de loiça...

domingo, 13 de dezembro de 2009

GAIOLA DOURADA

Vai-se tudo, tudo se desmorona, tudo se desconhece.

Tudo é estranho, impessoal, angustiante...tudo é ridiculo e vulgar.

Sinto-me uma Roxane posta de convicção na tua Vida, para tu levares a passear na coleira de brilhantes trazida da China, numa dessas viagens profissionais que satisfazem o ego.

Sou um Dragão ainda aprisionado na Gaiola de Ouro, que o meu amor consegue transcender e atravessar, liberto de tudo.

Sabes?

Não como casacos grifes, nem sapatos...e Graças a Deus, que as pérolas e os brilhantes, não me dão a sensação de luz cá dentro, daquele morno infinito, de pertença, e de cuidado, e de zelo, e de entrega que me dá a minha pulseira pirosa de arte, que de forma fraterna partilhei e construí com o Pato.

Todo o Império que procuro reside nas minhas letras de inox barato...

Como uma pulseira que me lembra de onde saio e para onde vou... seja durante o tempo que fôr, e como fôr.

Na minha pobreza subita de nojo, na minha nobreza pura de alma, sou uma pedra preciosa e imensa, que Deus encaminha da melhor forma que sabe,e nem a Ele devemos censurar...para quê???

Apontar o dedo a quem quer que seja...fui eu que me meti nesta gaiola de bom grado, com todo o protocolo, e escolhi viver a partir daqui, fora dela.

E agora sim, posso ser o que já era, e que "engaiolaste" durante tanto tempo.

EU MESMA...um Dragão alado, feliz, feliz, feliz!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"Cantas bem, mas não me alegras..."

Vamos deixar-nos de falsos moralismos ainda que esta nossa Vida seja a de Sortudos e Abençoados e bafejados com toda a Sorte implicita, enquanto o Mundo lá fora apodrece e ruí, e soam os gritos da injustiça e do degredo...

Choro mais por uma criança sem pão do que pelo meu suposto templo a desfazer-se em bocados pouco férteis e errados, mas não sabemos até que ponto podem os males da Terra e os males de Mim Própria que por ora não se abatem, suplantarem a insatisfação, confusão que me abraça no momento.

E talvez o sinta assim, PROFUNDO porque é esta a minha forma bruta e pouco prática de sentir e procurar nomes e explicações para tudo.

Eu não sou o RACIONAL mas tu obrigas-me a ser como que apática às minhas dores de Menina Mulher Inconcluida, dizendo:
- " Dizes que doi...que doi muito...mas pensa bem, isto é capaz de doer um pouco mais..."

E assim simplificas os acontecimentos e fazes-me emergir outra vez neste silêncio próprio de quem está cauteloso, a tomar precauções e eu respeito; COMPETE-ME porque somos completamente livres de tudo, até de NÓS PRÓPRIOS e de explicações para justificar o que nos sustenta.

Aliás o que NOS SUSTENTA pela tua perspectiva nem sequer tem explicação.
E deixá-lo estar assim , enquanto me "GABAS O CESTO" dos meus ilustres patamares que tu invejas, e eu nem sei quais são.

É simples:

EU SEI O QUE QUERO
TU NÃO SABES O QUE QUERES

OU

SABES O QUE QUERES mas não arredas pé deste mimo que te sustenta a alma em revolução, não conseguindo existir num todo, num pessoa só.

Mas para isso, face a todos os males do Mundo, que acontecem aos pontapés neste exacto momento, existe uma tintura de iodo àvida e a passar de prazo nas minhas mãos, à espera de curar a tua Vida.

Mas eu não tenho esse dom, senão somente para as feridas do meu pensamento que se mostra incrédulo perante tanto amor e doce adiado como uma colher de mel caseiro deixada ao Sol...

Palavras, leva-as o Vento "meu krido"...

Voei....

Dragão à Chuva...

Chove muito....

Lá fora e na minha cabeça...

Tenho a roupa e as ideias estendidas à espera de secura e o Sol teima em não aparecer para resolver estas duas cargas de trabalho.
Ainda assim, é bom ouvi-la neste reduto que è "casa" já não sendo "casa" mas embora "casa" ajuda a dissolver este tempo morto dentro de mim à espera de uma porta nova para abrir.

Parece que Deus teima em deixar tudo à minha volta molhado e sem nexo...com tanto lençol de água duvidosa, já não sei a erva macia que me presto a pisar, nem os buracos de escuro e impasse que me esperam.

Abraço todas estas gotas de chuva com os ouvidos e acalmo a sua força dentro de mim.
Se me entrego a tantos pensamentos de felicidade, porque temo a realidade dos factos e o tempo que duram...?

Parece que ainda só arrumei uns excertos da minha Vida e percebo nesta mesma realidade que me assusta, que deste ponto, só para a frente seja qual fôr essa frente, esse caminho...
Não posso controlar esta chuva, nem este impasse, nem os contornos do meu destino recém abortado ou desta Voz do amanhã que me leva como um tsunamy desvairada e certa de que me posso afogar cem vezes pelo caminho pronta a renascer nesse porto seguro que o coração me segreda.

Revejo os meus ultimos meses com a nostalgia de quem folheia anos e percebo que a chuva me leva algo, que sou, mas que não quero mais e que me mostra os ténues meandros do que farei de mim e irei ser.

Galahad, hoje só o teu colo me poderia explicar sem insatisfações, porque nasci Dragão Mulher e o que é isto, da escolha que faço e que quero.

A memória acesa da paixão faz essa forma de amor chover em mim, enlouquecida, deixando-me suave e trémula numa intimidação nunca dantes tocada.

E deste amor da penumbra e do segredo, não consigo deixar-me tocar senão por ele, por esse Cavaleiro de Gelo e de Razão, que não sei se, Rei do Progresso, ou menino assustado habituado a viver no conforto dos séculos, de todas as pazes armadas do Mundo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Tenho de ir aos bocadinhos

Ia a uma velocidade considerável quando derrepente....STOP...

Luzes amarelas intermitentes...não dizem exactamente que tenho de parar...mas avisam-me do perigo de avançar sem cautela...
Estou parada num cruzamento, e além de ter de relembrar as regras de prioridade tento perceber afinal qual a direcção que vou tomar...

E estou com aquele medo terrível de avançar porque sei que a páginas tantas a Vida precipita-me para as acções radicais.

A Vida
E o Silêncio...que é de ouro!

Desculpas não se dão...evitam-se.
E desculpas esfarrapadas muito menos...porque são isso mesmo...gastas de tanto uso!...

Sinto que mais dois dias e será como cortar o cabelo, mudá-lo de cor, pintar as unhas de vermelho, estrear uma peça de roupa, rasgar papeis velhos escritos...

Estou que nem posso do triste e do rídiculo, e será que mais dois dias e me vejo fora deste buraco de perguntas e aprendo de vez a fluir...em vez de correr até à exaustão...

Até aqui as coisas foram o que tiveram de ser e assim continuarão a ser...como tiverem de ser mesmo.

Preocupo-me ao exagero, com os minutos de todas as Vidas envolvidas neste processo que sou "Eu" e sinto-me ingrata de certa forma porque gerei uma avalanche imensa em todas elas..em nome do amor, mesmo daquelas que ainda não sabem...ou talvez nunca saberão...

Se é este o meu caminho, desta forma, fazer o quê?

Ao menos aceitar que escolhi dar todos estes passos em direcção a Ti de forma verdadeira e digna e que só o tempo e os teus gestos dirão se também caminhas na minha direcção ou se andas à volta, à volta, sem sair do mesmo sitio...

Entusiasmado mas sem direcção
Apaixonado mas sem convicção sem coragem...

Pois este jogo implica regras, actos...
Não te vejo pronto...apenas inquieto e volúvel, em dias incertos...

Despreocupado com este cruzamento...parece um qualquer em que será de passagem e mudança de direcção rápida sem deixar rasto...sem deixar marca...sem tatuar...

Mas algo me diz, que não...que mesmo apesar deste cruzamento, e de o teu caminho poder ser diferente do meu...que viajamos lado, a lado, no tamanho imenso das nossas cabeças..e daí...já não saímos.

Seja...se por agora o nosso Mundo são palavras e silêncios.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Qual a verdadeira dimensão da Saudade

Horas....

Horas e nelas moram a Saudade...

Como se as tuas palavras fossem o binóculo do Jardim da Misericordia a desmaiar baço sobre Lisboa...

Vou então, ver as Estrelas!

Dragão naquela memória de Varanda...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Apaixonado pela minha inteligência?

Foi preciso eu vomitar todas as ideias sórdidas que me passaram pela cabeça cansada para te "ler" alguns aspectos...
Os muitos falaremos pessoalmente, numa dessas lições de vôo cheias de Doçura...

Mas vamos agora substituir o doce pelo amargo e dissecar mais um pouco o emocional e o racional...
Temos um Dragão que vôa exibicionista a troco de nada e um Cavaleiro com os pés bem agarrados ao chão.
Um Dragão que agora deixou o dever das panelas...e esgueira-se da Vida para vir ter o seu prazer secreto, pois escrever-te é como fazer amor contigo,e talvez por isso , os encantos que te movem estejam exclusivamente na minha cabeça.

Pois bem, escuta-me Amor...pois heis-me aqui nua de Tudo sem esperar nada em troca, a falar para ti:

- Dizes-me a Verdade em forma de bom escritor que és e é desta forma que consegues amar melhor, sem dúvida.
E esses beijos e aconchegos suaves que nascem das tuas palavras, advertem-me das tuas verdades, ou das tuas necessidades...como queiras...
Derreto-me de infinita alegria ao perceber-te PERTO apesar de tudo, nas tuas palavras, nas tuas perguntas, mas depois nos silêncios, como qualquer humano encho-me de medos e de culpas...

Penso em NÓS, nos momentos em que nos temos tanto, de tantas "formas" que sou mais casada contigo do que com qualquer outra pessoa na minha Vida.

E isso foi gratuito sem contratos...e Deus somente ele partilhou desse momento!
Quis aceitar esta aliança...mas foste tu quem me a deste ou vi deixares cair a tua, aquela dos teus sonhos e quis apanhá-la por ti?

Decidi seguir-te e ganhei gosto pelo teu sonho, ou o teu modo de estar na Vida, que começa pelas mãos do PESSOA.
Percebi que ia gostar e tu já havias detectado isso, essa vontade que sabes existir ÚNICA dentro de mim.

Lavamos as mãos de hipocrisias. Não há culpados, Somos duas pessoas FELIZES e fomos felizes em nos encontrar.

E assim nasceu um Dragão pelas Mãos de um Cavaleiro.

A tua RACIONALIDADE inventou um personagem mistico, cheio de força e imaginação e perseverança...

Como poderá isto ter acontecido???

Não sei mas posso dizer-te, PESSOALMENTE QUANDO TE VIR!

Sou isto, Sou o que conheces...e o que poderás conhecer...
Se assim tiver de ser...SÓ SE TIVER DE SER e contra tudo e todos persistir...e dele nascer esse castelo que já vais construído, pedra sobre pedra...

Vou voar...