Sentado na minha cadeira...
Pedes-me que te imagine...
E que reveja a primeira vez de muitas...
Dizes que me amas, e eu sei que sim,
Ainda assim repetes para me melar as ideias e a fúria da conversa de ontem...
Pedes-me que me lembre
De todos os semáforos a ficarem vermelhos pelas ruas de Lisboa
E em cada um deles
As bocas, curiosas e carentes dos enganos e das falhas da nossa Vida
E depois, depois quando aconteceu eu puder estacionar e ficar a dizer-te que "não" vezes sem conta
Gravas-te na minha cabeça o "QUERO" e " EU QUERO"
e eu totalmente confusa, mas curiosa
Sucumbi a esses afectos muito mais profundos
Muito mais doces
Muitos mais loucos
E tão bem enlaçados ficámos
Uma e outra vez
Que quando entraste dentro de mim...eu sabia que abria um precedente
E que todo um oceano e toda uma Vida, começaria a escorrer dentro de mim...
E eu não ia querer devolver cada pedaço, cada hora
Pedes-me que me lembre...
E dessa noite o que me lembro...foi que depois de ter adormecido em ti, totalmente em ti, e no passar das horas nos fomos enroscando já nada estranhos e gostando desse pequeno conforto das horas me perguntaste:
- Sentes-te protegida?
E eu respondi que sim...
A partir daí foi o que fizeste e eu recusei tantas, mas tantas vezes, que agora, essa protecção me faz falta e ressoa nos meus dias, longe de ti, longe de todos...
Essa lembrança foi a primeira de muitas e o profeta que subiu nas nossas bocas, das tantas vezes que brincámos, dizendo que ainda iam falar de nós, e fazer uma novela.
A novela está feita e está em horário nobre: para quem quizer ver!
E só não vê a força da trama quem não quer!
E nós....estamos cientes disso.
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