terça-feira, 5 de outubro de 2010

BEIJO DE OUTONO

Na ponte, no único sitio, onde te avisto e constato sem perigo...
Sem risco de ausência...

Vejo-te friorento e pensativo
Vejo-te à espera, comigo a ressacar na tua Mente, no teu corpo...

Eu chego com uma camisinha branca suave, uma cambraia muito doce, que contraria todo o negro de sedução com que te cerco, mas comprova toda a falta com que te sinto, e toda a pureza que é só tua, que tem as tuas iniciais escritas.

Enrolo-te no meu xaile cor de fogo
Enrolo-me em ti, atravessando-te, bebendo-te, salivando-te.
Entrego-me a ti, de uma forma tão invencivel e poderosa.

Que desse encontro para o qual não é preciso GPS, porque está escrito nos céus, sai um brilho imenso...que cega as conveniências, que mata as dúvidas, que constroi um dossel maravilhoso e morno...para nos deitarmos suavemente sobre ele...

E na nossa Loucura, conhecermos o Beijo de Outono.

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