quarta-feira, 29 de maio de 2013

Vive-se de momentos solenes...



& para momentos sem igual.

Como se a Vida fosse de todo inútil, e apenas queremos viver o day by day sem grandes balanços.

Essa "vida" já me seduziu, porém, agora, quanto mais velozmente ela passa, mais me cansam os momentos iguais, pessoas iguais e rotinas fatais.

Sejam elas quais forem!...

Perdoa-Me Pai, a insatisfação, mas eu sou ávida.

Ávida e veloz como as correntes do rio, e ávida e imensa como o mar e os seus tantos remoinhos.

A chuva traz-me nostalgias parvas e absurdas de tudo, e de mim, que me ando sempre a pôr em agenda!!

Ou não! A ideia de dias iguais, fere-me e dá-me náuseas.

E então aí percebo que isto não é barco, nem se procura bom porto,

Sabe-se navegar em mar alto e temem-se tanto as águas doces...

Em todas as palavras que ouço e em todos os momentos febris, nada me parece nada, mas eu sorrio ante a fantochada aninhada e teimosa, e ternurenta e repetitiva em que me ponho, ou nos pomos.

Que coisa é essa, de Vida Linear, correcta, equilibrada, certa, concreta, ideal e por conclusão preconizada pela sociedade.

Ainda hoje li a Cartilha Materna e percebi que se tivesse nascido em tempo de tal, com tal e aprendendo conforme, talvez pudesse ter sido um pouco mais acanhada.

Mas percebo que a parte que mais me ensinaram da dita, foram as palavras esdrúxulas!!

Pois bem, quem aprende acerca das palavras esdrúxulas,  jamais poderia ambicionar ter dias normais, com conversas, secas, direitas, curtas.

A Névoa atraiçoa-me a razão, mas ando em maré de me encantar com tudo até com o desencantamento total e as suas formas.

Dá-me Pai a sabedoria de abrandar o meu ritmo, e a calma para levar nas boas, a grande fisse de la putice que aqui vai em arredores planetários ao meu sagrado e solitário gineceu.

Queira Deus, que os dias nunca mais sejam iguais, e que eu me leve, sem ter de ir, para onde estou.

Soltinha, e em paz!!

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