Como uma sementinha abençoada do desejo, continuas a mover-te dentro de mim, continuamos a Voar descendo a pique sobre lagos cristalinos, espelhos dos gigantes miticos de outrora, e percebemos que nesta sintonia, nesta parceria, somos a essência dos nossos sonhos.
E nas nossas promessas reside o desejo amigo, sombra implicita, e o mesmo impele-nos a viver assim, intensamente.
Nada em nós perde potência, e concretizamos a caricia sem mão, que nos seduz, e mesma na ausência percebemos a brandura ou o nervosismo do amor carnal.
Contrariamos o desejo, relegamos o mesmo para a menor de todas as nossas importâncias, mas sem ele perdemos a força essencial.
O nosso compromisso não depende do número de vezes que te consigo excitar, nem do número de vezes que o teu toque deixa toda a minha Pele alerta.
Não sei, na medida certa, o quão sexuais seremos e se as nossas diferenças individuais pesarão muito na hora de mergulharmos um no outro.
Poderei passar toda uma Vida a respeitar o teu corpo frágil e morno, a não enrolar o meu corpo nú e trémulo no teu abraço, mas a castidade total, jamais será possivel, perante tanta satisfação que tiramos de pequenos gestos.
Já percebemos que o meu Amor, a sua existencia, espiritual e desinteressada, nunca irá renunciar ao erotismo.
Não posso abdicar desta paixão e fogo que me ensinaste a produzir, só para em troca disso, aspirar a um estado de amor supremo, nem sequer supor entre risos e pensamentos que um dia todo este lume esfriará só porque estaremos mais cansados, e mais velhinhos.
O desejo estará sempre imerso no amor que te tenho, o amor maduro, ponderado, pensado, inclui esse desejo...
Por isso aceita-o! Vive-o com alegria e disfruta desta minha devoção.
Planta em mim a tua raiz com todo o teu afecto e loucura,
Partilha comigo um caule de conhecimento
E faz desabrochar esta flor de fogo que tarda em nascer...
Por vezes julgo que tens medo de entrar dentro de mim.
De me cheirar e abusar-me de todas as formas e feitios, porque poderá a determinada altura, ser tão bom, tão pacifico e doce, que porá em causa a natureza rebelde e solitária da tua identidade.
Mas eu quero percorrer-te!
Sussurrar-te coisas doidas num lapso de tempo misterioso, perder a noção de tudo, e a unica luz que me guia ser o teu corpo, extraviar-me e desintegrar-me, célula por célula, dentro de ti.
Esta vivacidade do instinto que recolho nas minhas escamas, reluzentes e húmidas, despersonaliza-me e arrasta-me para fora da razão, na qual já estou habituada a viver contigo.
Será que um dia...?
Se te tocar, se me perder, se morrer nos teus lábios insana de desejo...
Sentirei a mesma alegria e tranquilidade que tenho, quando basta-me olhar-te?
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promessas? não te esqueças no que toca a isso, qualquer ser humano é politico.
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