Do amor, ao imenso apreço.
Da sintonia perfeita à simpatia cobarde de conviver.
Reivindicação feminina ou cortesã por convicção?
Estou com tudo isto, a perder ou a ganhar a minha liberdade?
E a maternidade que me prende ao chão como se tudo dependesse de mim e não contam as minhas vontades?
Somente o resultado das escolhas.
Tenho uma admiração brutal pela minha cruz aceite ou pelo meu desejo constituido enquanto Mulher?
Para o Amor são precisos dois.
Quando acordo e me vejo, cruzo no espelho a pureza nua de mim, envergando os lindos e maduros vestidos do amor cortês e dedicado ao casamento.
São legitimos os frutos e são eles mesmos os tijolos para a obsessão que se ganha por direito e resulta em familias acomodadas.
Pensará alguém ser fácil, viver numa indiferença e frio instalados, sendo tão amistoso ao ponto de ser cruel e consentir um amor dorido, ferido, a levar o resto da nossa vida avante?
Já não consigo ter o corpo como morada e rejeito de forma instintiva e sistemática, qualquer toque, beijo, abraço, festa.
Com esta transformação onde procuro respostas definitivas, afogo sem piedade os nossos amores-próprios, e isso é mil vezes pior, que todas as agressões fisicas que já senti,e que infligi também.
Este TIC-TAC que aproxima a rotura e é como a passagem da morte, é um pêndulo invisivel sobre o extremo do que um dia já fui e do que sou faz já algum tempo.
Não nos chega a convivência e jamais poderemos existir em amizade amorosa.
Porque somos amigos, mas não podemos continuar sendo SÓ AMIGOS.
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