Li um livro em dois dias!!
Queria o da Marinela, mas não sei onde ele anda!
E esse livro dizia-me que eu tenho de aprender a ser Cabra.
Aquela Cabra que se descontextualiza do sexo ao qual é associada...quando se ouve a palavra "CABRA"...mas uma cabra, dona de si, e aprendiz dos seus erros.
Agora em voz alta:
- EU VOU SER CABRA! DOUTORA CABRA! Exma Senhora Imperatriz da Cabrice.
Mas depois, fico a pensar que gostas tanto de mim, porque sou aquela Cabra que toda a gente gostaria de fazer uma festa, e só tu, chegaste lá...à libertação da CABRA DOIDA SEM LIMITES que existe em mim.
E agora sou eu própria que me conoto de forma sensual e assumida, de que quem gozou o prato da Mulher em mim, sensitiva, pessoal, intima, molhada, descoberta, louca, fremente, doida, voluptuosa, macia, escorregadia, suada, puta...
E tenho de assumir que gostar de ti, fez de mim, a tua PRIVATE DANCER.
Que bonito! Uma descoberta airosa, nas nossas lições de vôo...e que Vôos.
Ok....estou a sucumbir ao que não posso.
A ter saudades de um entendimento fisico, que lá porque é de facto fantástico, não é a solução para as nossas Vidas. Apenas nos serviu para conhecermos a empatia fisica e entesoada que temos, naturalmente.
Sinto que a minha fraqueza, o meu amor, a minha devoção, te provoca tantas erecções mentais, quanto saberes de certeza, se tenho hoje, ou não, cuecas vestidas.
Portanto se foi apenas a SEXUALIDADE que nos uniu..(sei que não, mas vamos por partes) o que é que não funcionou??
Isto acaba no momento em que me sinto plenamente segura, apesar da tempestade em que vivo?
Qual o propósito então?
Julgava que eu teria de ser Cabra, doida e deboxada apenas nos nossos jogos, a dois, só nossos.
Neste processo do
QUERO-TE
TODA
VAMOS?
QUANDO?
ONDE?
AGORA...
AMANHÃ
INCONDICIONALMENTE...
Esta é a caminhada da passividade, preocupa-me a tua Pessoa, quando é a tua Pessoa que me está a magoar profundamente!!!
E isto só indica o meu fracasso amoroso. A forma como tomo conta da Mulher que nem tu sabes como "lapidar", manter, aperfeiçoar, explorar e engrandecer...
Será que de facto os alicerces certos estão aqui, debaixo de nós?
Então se estão...diz-me:
O que te leva a fazer-me isto?
O que te leva a esta atitude que todos notam?
O que te leva a essa irritação e frieza que tudo derruba de espanto à sua passagem?
O que mudou de um dia para o outro de tão grave, definitivo, ou até mesmo simples?
Penso que pelo menos a CABRA que sou merece saber o porquê...
Esta experiência de Vida da Boazinha está a falhar...e sou eu quem te pede:
- Já que sempre tudo disseste e delineaste espaços, pois diz-me agora, que direito tens tu, sem explicações, de disfuncionalizar todos os ideais que tenho em relação a ti, e expremer a minha tolerância como num campo de guerra....torturando-me numa sala, onde só me ouço a mim própria...e é essa a tua arma....pôr-me a falar comigo até que somente as lágrimas superam o vazio de tudo aquilo que já disse.
Levantei-me, fui ao espelho e percebi o quanto sou de facto aquela Miuda Gira...
Que tu detectaste, mas não mereces minimamente....sobretudo quando as coisas que mais te marcaram são aquelas que tu projectas com a mesma dor nas outras pessoas.
Porque não falas comigo?
Porque me distancias, desse PERTO que erámos nós, ainda que em segredo...?
QUE MEDO É ESSE, OU VERGONHA CONSTATADA...de que as pessoas a determinada altura intuam o que te faz feliz, o que gostas e te amolece, como um gato a ronronar?
Que Vida é essa, destruturada e que sabes que é uma profunda mentira, apesar de solene, porque duas pessoas decidiram viver assim, a partilhar encargos, e desgostos, e manias, e coincidencias.
És uma peça lindissima de Xadrez no Tabuleiro errado.
Lembra-te do que são as tuas raizes, das tuas primeiras imagens, das canções familiares, da rigidez, mas do amor com que resolveram todas as coisas mais sensiveis dentro do teu crescimento.
Lembra-te o porquê de não conseguires estar parado.
E de não conseguires voltar para casa com saudade, com desespero de amor, com vontade de sopas e aconchego, procurando falar para quem te vai poder ouvir na integra.
Para mim seria tolerável ouvir-te, a falar de tudo.
O que é não é tolerável é ter-te, é teres-me e depois, apagares-me, ainda que por momentos, de uma protecção, que foi apenas o meu dote pedido, neste casamento sugeneris de alma, um Romeu e Julieta à Portuguesa no século XXI em que o Romeu é demasiado racional para seguir o Amor, e a Julieta acha que tem o dever de lho ensinar.
Eu não sou uma criatura que tu invades.
Sou uma Pessoa que te deixou entrar.
E agora em momentos pausados de psicologia intensa só quer que saias da forma mais íntegra e respeituosa possivel.
Não me deves nada. Mas ficar-te-ia bem, aprender que o que estás a fazer, não se faz a ninguém.
Ao teu Dragão.
A ti mesmo, no fundo.
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