"Fujo sempre do amor... Eu tenho medo
que a minha alma de eterno sonhador,
ingenuamente fique assim tão cedo
arrebatada por um grande amor...
O amor foi sempre um trágico brinquedo
para o que sonha e vibra com ardor...
E amar sem ser assim, é um arremedo,
pode ser tudo, mas não é amor...
Eu prefiro mil vezes ser covarde,
fugir e parecer indiferente,
que lamentar um desengano, tarde...
. . . E assim, por infeliz contradição,
vou fugindo do Amor, covardemente,
tendo de amor tão cheio o coração...
Luiz Otávio
(1916-1977)"
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