Oiço-te...oiço-te minuciosamente...as palavras soltas, os sentimentos dos quais tão raramente falas...o que sentes...E parece que a tua proximidade procura resolver e dissolver as mágoas e confrontos por onde passamos, o tempo e as pessoas más que nos separaram...
Falas da Verdade, falas de juntar as peças e eu fico feliz que o faças, e que saibas desta vez, com justa causa, quem sou...e infelizmente quem são os outros!
Oiço a tua procura e as tuas coisas importantes, percebo o que está antes e depois, mas percebo que ANTES, DURANTE E DEPOIS, estamos nós...continuamos a ser Nós, e nada é por acaso.
Tranquilizas-me, dás-me fé, amoleces-me, mas peço-te, mesmo que em gestos tão subtis não procures caminhos mais curtos e menos definidos para resolver as questões que surgirem, continuando a achares que queres, mas não menos achando que é errado.
Tudo o que possas fazer neste momento pode ser de extremo a teu favor, mas também pode ser o teu erro fatal, porque no final das contas, e perante isto, a responsabilidade de fazer algo, de mudar alguma coisa, de acrescentar é exclusivamente TUA.
Seja o que fôr, a Mulher que sou, a Mulher que sabes amar-te assim, mas que está em movimento, vai ao encontro do teu idealismo, mas idealismos não sempre o todo, e não chegam face às necessidades...
A nossa conversa de hoje, foi um bonito e maravilhoso momento de partilha de Vidas, mas não quero mais continuar a ver coisas tão fáceis de serem vistas como metas inatingíveis, porque isso conforme te disse, faz-me enfraquecer esta energia que vai em nome de todos, mas tem de ser sobretudo em meu nome, e do teu lado há que entender que forças há que se possam juntar ao meu hino de boa vontade...
Assim como usas a tua doçura e as tuas verdades para me cativar, tenta de alguma forma perceber que aquilo que nos transcende não pode viver apenas de ser sonho.
Porque as coisas poderão ser como as sonhas, mas não quer dizer que já estejam assim, formatadas, em ado eterno, á tua espera...
sexta-feira, 4 de março de 2011
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