quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eu tenho um Gambá...


Que é a personagem fiel da alma de uma grande amiga.


Posso chamá-la de irmã.


Hoje num telefonema de y minutos, rimos, chorámos e ainda rimos de novo da desgraça que nos assola.


Ela tem a pureza de um Gambá que apanha flores...e tantas que já se partiram pelo caminho.


O Gambá de hoje já não apanha tantas flores e nem sorri a torto e a direito.


A vida, estranhamente, ensinou-lhe a perda, o vazio, as dúvidas, a decepção...


A vida tirou-lhe a Mãe cedo demais e deixou-lhe no regaço das flores, alguns pesos e realidades para gerir...


Mas quem inventa a tua pureza na forma de um Gambá sou eu.


E eu estou aqui para te dar colo, para te chorar e chorar contigo o que precisares...


Tu existes para me centrar e para me dizer entre graças a minha tendência para cair em abismos, causas imperfeitas, amores proíbidos.


Tu conheces a minha dose de sonhos, e de mágoas.

Tu sabes o que posso ou não aguentar e o que significaria para mim cair de jacto no mesmo erro...


Tu sabes e eu Sei...é quanto baste! Tu avisaste-me e isso aproxima-me hoje mais de ti, como em outros tempos, em que fazíamos Expo Cosméticas a todo o vapor e os segredos eram dádivas constantes...


És o meu Gambá, e és pura, e eu agradeço a Deus por te ter no meu Jardim advertindo que até no mais lindo gramado...existem buracos fundos, e irreversiveis! Obrigada por isso!

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