O ano passado por esta altura, eu estaria a ponderar o medo de nunca mais me achar...
Eu ponderava o facto de tu seres uma imagem faminta dentro de mim sem solução e procurava desesperadamente ser a tua essência, e a perfeição dos gestos, para que pudesse ser "tudo" para ti.
Queria ser única, e achava-me isso, quando tu apenas nadavas na tina já habitual na infidelidade das coisas.
Tudo uma questão de projecção e caminho errantes.
Lá porque te enamoraste da minha valentia e foste atraído pelo meu instinto materno isso não significa o encontro redentor das almas, que descrevo vezes sem contas...
E a cada encontro...
A cada embate...
Tentaste apenas encontrar fora de ti e dentro de mim, o que apenas está dentro do teu coração e exige ser reconhecido e integrado.
E eu perdôo e regozijo-me com as tuas idas e vindas, porque ter-me...uma e outra vez, é uma necessidade inconsciente de querer mais alguém para suportar esse silêncio infeliz.
Todos queremos apaixonarmo-nos perdidamente, pois quando isso acontece, é tudo na Vida...
Parece que tu me descobriste na forma de Dragão, e eu deitei por terra, essa tua paz armada e devota, onde finges projectar-te socialmente.
No entanto, é chegado o momento de entendermos que nem mesmo a paixão dos encontros fortuitos nos permite a fidelidade de estar feliz, com quem queremos...
No meio daquilo que achamos ter direito, que achamos nos ser devido, rompem-se laços...magoam-se pessoas...
Por isso mesmo, amar-te, é querer-te como és, ainda que invertido de valores, e ausente das coisas gloriosas que sonhei num tempo desgastado, e assim, a prática do amor activo, é apenas por mim própria, pelos meus sonhos, que não deixarei cair na vulgaridade das fraquezas, velozmente a caminho de tudo aquilo que quero ser e deixar que me encontre...
Sem fragmentos
Sem Vidinhas
Sem meias coisas
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