quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quartas Feiras



Dia do à vontade, toda a vontade...

O dia da sensação suprema de segurança, serenidade e aconchego.


O telefone...


A ligação de cada dia é uma toca, um refúgio de risos e conversas que nos continua a proteger dos golpes e das crises da Vida.


A minha ambiência emocional, as minhas fitas, fazem-te nascer na boca brincadeiras de compreensão e empatia instintiva, e é à quarta feira, sim senhor!....que reagimos aos anseios tácitos e até inconscientes da segurança semanal que construímos um no outro com uma facilidade inédita, que estes tipos de relacionamento nem costumam ter.


Esta vivência faz-me querer aninhar...

Aninhar-me....

Porque à Quarta feira, a harmonia, o apoio, o desejo, o anseio, entram pela porta a dentro, como se tivessemos anos de vida em comum.


Peter entra e sai do coração de Rachel, e deixa dentro dela a familiaridade, e nela, dentro dessa personagem que escrevo e me encarrego de insuflar, caem constelações de estrelas de um nicho que é nosso, e transformo-as em saudades até à próxima quarta feira.


She's a maniac Peter!

Maniac for Love

Maniac for Wednesday Love


Quarta Feira, o dia em que o Mundo lá fora não sabe desta profundidade, desta seriedade.

E projectamos a aventura e o glamour que esconde as dimensões mais complexas deste vinculo.


Há uma curiosa descrepância, face expansiva e despreocupada, conflitos de ideias, emoções à toa...

Chegamos a "viver juntos".


Somos uma coisa em público,

Outra em particular


Um estilo de dupla que atraia com entusiasmo as quartas feiras de um calendário...


Quartas feiras que geram e consolidam raízes de segunda a sexta...


Redoma do mundo do trabalho que nos protege das agruras da nossa vida pessoal.


Nós somos a "verdadeira ofensa a um destino normal" como dizia Goethe.


Mas conseguimos respeitar a nossa liberdade pessoal.


A ênfase das quartas feiras está assente nas necessidades básicas comuns, particularmente o desejo básico e universal de SEGURANÇA.


Com isto, com a Ode À quarta feira...não enterro a tua visão romântica, num mundo de gestos e "cama" prosaica, porque adoro amar-te numa cama vazia de rotinas.


No entanto, eu deixo o teu corpo actuar dentro do meu, e não tenho o porquê de me envergonhar, de ser mortal e vulnerável à compaixão de acreditar, que estou assim...e afinal de contas...com saudades!!!

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