Dia do à vontade, toda a vontade...
O dia da sensação suprema de segurança, serenidade e aconchego.
O telefone...
A ligação de cada dia é uma toca, um refúgio de risos e conversas que nos continua a proteger dos golpes e das crises da Vida.
A minha ambiência emocional, as minhas fitas, fazem-te nascer na boca brincadeiras de compreensão e empatia instintiva, e é à quarta feira, sim senhor!....que reagimos aos anseios tácitos e até inconscientes da segurança semanal que construímos um no outro com uma facilidade inédita, que estes tipos de relacionamento nem costumam ter.
Esta vivência faz-me querer aninhar...
Aninhar-me....
Porque à Quarta feira, a harmonia, o apoio, o desejo, o anseio, entram pela porta a dentro, como se tivessemos anos de vida em comum.
Peter entra e sai do coração de Rachel, e deixa dentro dela a familiaridade, e nela, dentro dessa personagem que escrevo e me encarrego de insuflar, caem constelações de estrelas de um nicho que é nosso, e transformo-as em saudades até à próxima quarta feira.
She's a maniac Peter!
Maniac for Love
Maniac for Wednesday Love
Quarta Feira, o dia em que o Mundo lá fora não sabe desta profundidade, desta seriedade.
E projectamos a aventura e o glamour que esconde as dimensões mais complexas deste vinculo.
Há uma curiosa descrepância, face expansiva e despreocupada, conflitos de ideias, emoções à toa...
Chegamos a "viver juntos".
Somos uma coisa em público,
Outra em particular
Um estilo de dupla que atraia com entusiasmo as quartas feiras de um calendário...
Quartas feiras que geram e consolidam raízes de segunda a sexta...
Redoma do mundo do trabalho que nos protege das agruras da nossa vida pessoal.
Nós somos a "verdadeira ofensa a um destino normal" como dizia Goethe.
Mas conseguimos respeitar a nossa liberdade pessoal.
A ênfase das quartas feiras está assente nas necessidades básicas comuns, particularmente o desejo básico e universal de SEGURANÇA.
Com isto, com a Ode À quarta feira...não enterro a tua visão romântica, num mundo de gestos e "cama" prosaica, porque adoro amar-te numa cama vazia de rotinas.
No entanto, eu deixo o teu corpo actuar dentro do meu, e não tenho o porquê de me envergonhar, de ser mortal e vulnerável à compaixão de acreditar, que estou assim...e afinal de contas...com saudades!!!
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