quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A aprender...

De Dragão fragilizado e em ponto incerto, vejo-me de escamas calmas, quietas, a imaginar a vida depois de mim e a vê-la simultaneamente a acontecer...

A uma velocidade estonteante e numa vagareza mágica das horas, que magoa por ser tão perfeita, e por isso mesmo, injustamente curta...

A Alegria de percorrer o caminho é tão somente, a noção de tudo o que se perde, quando na verdade e citando "tudo" se transforma...

A noção procurada é viciante, mas...não estamos na demanda da procura das respostas? Não queremos a verdade nua e crua?
Não queremos ver para além da nossa estupida noção de segurança e de ganhos?

Páro-me nos sintomas de perda, sem renegar que com ela chegam revelações importantes a que eu possa continuar...minimamente....no Mundo que deixou de ser de Deus e passou a ser o estandarte da vergonha do Homem.

Não posso deixar de me sentir especial, porque nasci entre o Adeus do Ontem e dei ao Mundo frutos quando o AGORA se tornou claramente uma Nova Era?

E o que me pede esse amanhã?

E o que quero eu ver erguido?

Que Mundo idealizo e posso fazer florescer num Oceano de animalidades?!?

Deixei de ser Livre??

Tê-lo-ei sido algum dia?...

Aprendo apenas e morro prisioneira??

Sei-me deste mundo e do outro...e quero morrer na benção de um dia lindo de sol, ou na cantiga morna de um lindo luar!

Que o Mundo me leve com ele sem géneros e algemas, pois eu jamais serei a sua Puta, e jamais comerei o caviar da desgraça de terceiros.

Quero VIVER, estou certa disso!!!

Viver no pouco, perceber o muito, e embevecer-me com o tanto que já tenho, e deixar ir se tiver de ir, porque paraíso ou pessoa, se fôr, é porque jamais esteve!!

Contento-me com o propósito com que me levanto.
Aprendo a cada sorriso.
A cada emoção contrária.
A cada perda e sensação de vazio...
A cada vôo da minha alma alada, eu subo aos céus, eu dou piroetas, e depois!....desço picado, feliz e felina, raiada em lágrimas mas resiliente em chamas, apaixonada por tudo o que faço não sabendo ser de outra forma.

As minhas asas abrem-se para o que anseio, e a cada golpe da Vida, eu vejo a oportunidade de me encontrar pelos séculos e séculos.

Escolinha bordada da Vida, onde me sento, mera boa menina, e aprendo!

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