domingo, 19 de setembro de 2010

Não consigo...

Apetece-me chorar-te imensamente
Chamar-te nomes e se possivel fosse cuspir-te na cara!

Apetece-me esfregar-me com uma esfregão de aço até me saltar a pele
Apetece-me vomitar-te até não ter mais suco gástrico
Apetece-me apontar-te todas as histórias mais ou menos verdadeiras de ti
E apetece-me espancar-te da indignação que sinto

Não mereces nada disto
Eu não mereço nada disto
Não mereces que goste de ti como gosto
E que te ame como não sei deixar de amar

Mas de todas as coisas que posso estar a sentir agora
De todas as coisas que ando a constatar e amontoar dentro de mim
Fazem com que eu tenha apenas capacidade de me esconder por entre a multidão
E ficar quieta a enraivecer-me sózinha por entre o olhar de piedade de quem me quer bem e me vê assim...

Não descanso enquanto não vir a verdade de todas as coisas
Sobretudo o propósito de me levares a esse carrasco de miséria e podridão onde me colocaste

Não Consigo

Não consigo mesmo

Não consigo nada....senão ir deitar-me...depois de lembrar o abraço das minhas amigas hoje ao jantar a chorar-me e muito mais preocupadas com a minha pobreza de alma, do que eu própria.

É preciso ser uma filha da puta de uma idiota irrevogável
E essa idiota sou eu
Tão inteligente quanto verme
Tão autónoma quanto dependente
Tão apaixonada quanto carocha!!!

Não consigo...senão tentar ver-me por aqui

E todas as coisas que desejo fazer contigo
Fazê-las comigo

Para que eu um dia volte a conseguir e tal e qual a Branca de Neve fora de prazo

ACORDE....

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