sábado, 24 de outubro de 2009

MEA CULPA

Nenhuma separação é desejada.

No inicio, na escolha, na certeza, saio deixando tudo, porque apesar das diferenças, dos erros, dos defeitos e até mesmo toda a história que encerra o meu percurso, eu já não existo aqui, neste espaço, nesta história, há exactamente....2 anos e uns pós....

Quando dei por mim, era um Dragão Alado, Sedento, de uma amizade invulgar, de uma identificação psicológica, de uma ligação pura que transcende o fisico, e pouco a pouco, fundi-me nas tuas lições e mandamentos sagrados, espiritual, mental e fisicamente.

Incrivel!...Mas custou-me mais a compreender o querer-te verdadeiro do que todo o resto incerto e falso, estável armado da minha Vida.

E acredita que antes de achar-me tua, questionei-me de forma compreendida e reverenciada o profundo inexplicável que me liga a ti.

Metida na minha Vida fui tendo um acordo de ideias divinas e em todas as impossibilidades fui te amando com uma natureza pura de propósitos.

E no meu silêncio como agora, ergo perante os teus olhos a harmonia, a honestidade, o amor, e a integridade que de facto cresceu por ti.
E estas condições crescem contra uma felicidade extrema que não vejo, que não sinto, que não me pára.

Na realidade o meu sentimento cresce na medida do teu vazio, na impostura do sagrado, e no falso entendimento.

Eu própria nesta alínea especifica sinto-me a errar desmesuradamente no desejo que me move, porque mais do que consumir-te na sede desenfreada do segredo, queria que a proximidade que temos assentasse na honestidade, na justiça, na sinceridade e verdade, de forma a partilharmos as alegrias, as experiências na sua essência.

Queria viver em ti todos os dias! Como vivo aliás, mas sem morada certa...

Neste momento, estar só, porque vives no meu coração, não é vergonha alguma mas exige-me viver em verdade.
E para o teu voô recto, guiado pelo raciocinio, o lado subjectivo da Vida controla cada fase objectiva da Vida.
Preciso de me reencontrar de toda esta dôr e criar o meu lar real, o meu lar de sossego.

Não posso amar-te para além do que possas aceitar.
Não posso amar mais a Torre de Marfim e toda a sua ausência de escrupulos.

Chorar...
Preciso chorar....
Choro todos os dias e isso ajuda-me a perdoar
A afastar todas as indignações que sinto e resolvendo um rancor com o qual me recuso a viver.

Preciso de novas células, de uma nova Pele!

Entrego-me inteira, dizendo-te que me julgo e pronuncio a mim mesma, apesar de todo o pensamento que alimento.

E Deus em que acredito, sabe os meus erros, os meus receios e sabe o quanto preciso de paz e amor, ao invés de uma atitude de Culpa, desespero e autocondenação.

Ao mudar todas estas coisas mudo também um antigo modo de Vida.

E passo a estar ligada à felicidade, à liberdade, e à dignidade, a minha.

Sobretudo deixo de me condenar porque te amo, AMO MESMO.

E quando descubro isso dentro de mim, encontro a plenitude que procuro, a da minha Nova Vida.

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