domingo, 15 de novembro de 2009

Gostamos mais quando doi!

Lá fui pelos campos cheios de chuva, com a água apenas a mostrar-me 5 metros de caminho e foi por pouco que não rasei com as asas nas montanhas...de tão cansada que estou!

De viver o desamor, o amor, e o suposto amor dos outros!
Agora sim, começo a cansar-me de ser Bombeiro! Podem emitir um comunicado social!
A Madre Teresa vai entrar de baixa psiquiátrica, e sim já acabei o mestrado em psicologia.
Para tal não foi preciso muito, bastou-me enlouquecer e ficar tal e qual uma marioneta de circo.

Mas olha, cairam as purpurinas e este baton de pureza e sonho já começa a ficar gasto.
Estala-se o verniz, mas é por uma boa causa!
O Universo está a dizer: Dragão, Dragão maroto...desde quando se voa de venda nos olhos, e se confia 100% na voz de quem comanda a nossa cegueira?

É preciso ser-se muito inocente para crer que não me deixarias cair.
Mas deixaste...e quando bati no chão senti vergonha de todas as certezas com que te presenteei até aqui.
Porque eu julgava que também tu precisavas de ver...mas não.

Tu apenas te delicia as lições de voô, o comando doce e ameno que controlas, e as emoções que esticas e encolhes como pastilha elástica.
Será porque és incapaz de fazer mais...ou porque o teu comodismo está bom assim?
Duas certezas valem mais que 1000 sonhos, porque os sonhos são para os outros e aqueles cuja racionalidade não abençoou.

Não concordo com esta matéria que andamos a estudar.
É desigual e conveniente, mas não para mim, não para o que quero, não para o que acreditei piamente durante todo este tempo.

Sempre deste por mim, de asas radiantes à tua espera, ávida de te saber e aprender de ti.
E é aí que me encontras quase sempre...nem precisas vir até mim.
Pois sou sempre eu que vôo ao teu encontro.

Nem precisas falar e eu pressinto a tua proximidade e vôo.

Não vamos dizer mais nada, nem aceito desculpa alguma para este teatro de variedades onde eu escolhi ser FÁCIL, ÓBVIA, VERDADEIRA, ENTREGUE.

Vamos acordar da letargia e perceber que há coisas maravilhosas, viciantes que fazem muito mal...e deixam dor, uma dor que parece gostar-se cada vez mais.

Não estou aqui para viver de migalhas.
Nem de promessas.
Mas de factos.

E os unicos factos são a minha transparência e zelo por alguém que nunca vai mudar.

Não sei como, mas intuo que não te vais mexer um centimetro da tua falsa paz em troca dos ideais que tanto fazes os outros acreditar que persegues.

Não sei como és autor da tua própria história jogando num prazer de conta gotas as minhas expectativas.
Não era o momento para esse desafio, e eu não sou uma boneca de intentos.

Quero ser muita coisa, mas não isto.

Por isso não espero respostas...não te perguntarei " Para a esquerda ou para a direita?"

Escolho, já, neste minuto imenso, que não posso dar-me a este tipo de permuta, desonra tudo o que está para trás e desglorifica o que sinto.

Não vamos tornar isto ainda mais pequeno do que está a ficar.
Que seja tão especial quanto como na primeira vez que te segredei os meus sonhos contigo.

Não vulgarizes senão consegues fazer mais que isto.
Porque se o fizeres deixa de ser algo que a Vida trouxe genuino e unico só para ti, e passa a ser um antidoto pouco eficaz nos vazios da tua Vida.

Porque se isto não é o que penso, eu funciono como um charro em horas de ponta...relaxo..relaxo...e logo passo de efeito!

Sinto-me pronta para voar sozinha senão sabes como acompanhar-me e deixar-me na espera é uma forma educada de adiares os teus medos, as tuas cobardias.

Tenho duas Leoas para levar avante e um coração de Dragão para levar a cabo tanto quanto Deus achar que deva, e preciso de colo, não de falsa segurança.
Se eu quisesse andar na corda bamba ia para o circo.

Não há rede...e eu gosto de Viver!

Aqueço as asas...

É aqui que me despeço?

1 comentário:

  1. ..E de repente...cá estou eu a conhecer a tua alma...Obrigada pelo privilégio!
    Colocas tanta verdade e intensidade no que escreves!!! E que bom que assim é, pois desta forma a ecrita é realmente terapêutica.
    Vou voltar sempre aqui neste teu espaço de entrega e nudez d'alma.
    Beijos
    Lula Oliveira

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