quarta-feira, 4 de novembro de 2009

TEAR DROP

Estou de gatas!

Verdadeiramente de joelhos com toda a Chuva do Mundo a cair-me sobre as escamas, que hoje estranhamente não reluzem de nada, morrem na sombra da ausência de tudo, de mim própria.

Neste Inverno súbito na minha Vida, tenho os sonhos cobertos de gelo e de silêncio, e hoje nessa força que eu e tu conhecemos com orgulho, rebentam todas as lágrimas, todos os soluços, toda a indignação.
Estou de joelhos a tentar pôr-me de pé e não consigo.

Sinto-me um pouco estranha, demasiadamente vulgar, Dragão barato envolvido nas malhas inesperadas do seu próprio fogo.
Como te disse, e pensei várias vezes durante o dia, sinto-me ridicula a ponto de me sentir burra.

Porque além de falar contigo, julgo falar com Deus também, através do meu coração, e não percebo que códigos errados e hesitantes, os que agora se apresentam...

O resultado de falar tudo o que penso, é o teu silêncio, reflexo da Verdade.
Mesmo que não o faças, basta o teu silêncio para fechar todas as portas e perceber que vivo no sonho de Intima e que me pertence o lugar de estranha.

É terrível toda esta entrega e depois toda esta perdição!
Sucumbes ao teu próprio aprendiz, mas sem mais, sem grandes propósitos, falas no momento, na relativa importância dos factos, na derradeira dificuldade em responder a perguntas e eu sinto-me alheia, depois de já me saber TUA.

PORQUÊ???

E quando me oiço a perguntar isto, caem todas as novas lágrimas, que ainda agora nasceram.
E nesta imensidão de dor, de desatino, prendem-se nas minhas asas como correntes, todos os beijos, todos os segredos de volúpia irremediáveis, e fico-me sem saber que algemas do destino ou do provável são estas...

Amarras de um barco que me basta para seguir em frente contigo, mas que me pesam de medo na alma, mais do que a liberdade imensa e criativa que me dá o teu corpo, quando imenso e dominante, fica morno, dentro de mim, perpetuando e tatuando o meu coração...

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