quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"Cantas bem, mas não me alegras..."

Vamos deixar-nos de falsos moralismos ainda que esta nossa Vida seja a de Sortudos e Abençoados e bafejados com toda a Sorte implicita, enquanto o Mundo lá fora apodrece e ruí, e soam os gritos da injustiça e do degredo...

Choro mais por uma criança sem pão do que pelo meu suposto templo a desfazer-se em bocados pouco férteis e errados, mas não sabemos até que ponto podem os males da Terra e os males de Mim Própria que por ora não se abatem, suplantarem a insatisfação, confusão que me abraça no momento.

E talvez o sinta assim, PROFUNDO porque é esta a minha forma bruta e pouco prática de sentir e procurar nomes e explicações para tudo.

Eu não sou o RACIONAL mas tu obrigas-me a ser como que apática às minhas dores de Menina Mulher Inconcluida, dizendo:
- " Dizes que doi...que doi muito...mas pensa bem, isto é capaz de doer um pouco mais..."

E assim simplificas os acontecimentos e fazes-me emergir outra vez neste silêncio próprio de quem está cauteloso, a tomar precauções e eu respeito; COMPETE-ME porque somos completamente livres de tudo, até de NÓS PRÓPRIOS e de explicações para justificar o que nos sustenta.

Aliás o que NOS SUSTENTA pela tua perspectiva nem sequer tem explicação.
E deixá-lo estar assim , enquanto me "GABAS O CESTO" dos meus ilustres patamares que tu invejas, e eu nem sei quais são.

É simples:

EU SEI O QUE QUERO
TU NÃO SABES O QUE QUERES

OU

SABES O QUE QUERES mas não arredas pé deste mimo que te sustenta a alma em revolução, não conseguindo existir num todo, num pessoa só.

Mas para isso, face a todos os males do Mundo, que acontecem aos pontapés neste exacto momento, existe uma tintura de iodo àvida e a passar de prazo nas minhas mãos, à espera de curar a tua Vida.

Mas eu não tenho esse dom, senão somente para as feridas do meu pensamento que se mostra incrédulo perante tanto amor e doce adiado como uma colher de mel caseiro deixada ao Sol...

Palavras, leva-as o Vento "meu krido"...

Voei....

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