quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DELÍRIO TÍPICO DA TORRE DE MARFIM

Para ti, quase tudo é desconforto, ao avaliar a necessidade que tenho dos "OUTROS " na minha Vida.
Sempre achei que o ciúme fosse um ingrediente positivo, implicito e saudável a quem gosta, e que faz parte de quase todas as relações, quando baste, inserindo elas PAIS, FILHOS, AMIGOS E RELACIONAMENTOS de outra ordem, ainda que todos de AFECTIVA.

Mas neste caso especifico não!
Exprimir vontade de estar noutro sitio que não contigo, é como uma constatação avassaladora do que é perfeito e logo deixa de o ser...

Mais do que reprimir tenho de extinguir o receio de não ter
Apagar a hostilidade em que vivo a minha relação
E aceitar a rejeição doce mas assertiva
Libertar-me da ansiedade dos momentos em que espero uma acção,
Em que espero um passo em frente
E banir a dor que sinto, de não conseguir enquadrar o amor que tenho

Não posso viver com alguém que me absorve em paranoia e cíume mas também... não posso ficar.me no marasmo de expressão: "muito te quero, nada te quero, um pouco só, ou nada"

Pior que a infidelidade do acto, é a traição emocional, à qual não abrimos precendente...
Sempre me queixei do infundado, do imaginário, do amor em delírio da minha Torre de Marfim.
Todas as vezes que ela se desmoronou sobre mim, foi sempre sem efeito, tudo imaginado, tudo paranoia...

MAS AGORA NÃO!
OU AGORA SIM!

Agora já não é uma paranoia que tira o chão ao nosso relacionamento.
Agora é a percepção diária, continua, que algo vai mal, ou mais estranho que isso...
do meio de "mortos e feridos" ergue-se um amor valioso e concreto.

Na verdade, amo-te com o passar das horas, dos dias, das semanas, dos meses.

A minha Torre de Marfim peca por toda a sua aspereza indigna, tu pecas por não me agarrares e tomares sem dúvida.
Talvez o meu amor por ti, talvez todo este mimo brotando da terra fresca em quantidades industriais, funciona por acumulação ridicula.

Tu escusaste a geri-lo.
E eu não posso "transferi-lo" para ninguém.

A minha vontade em beber os teus passos simples, o teu dia a dia, os teus segredos, as tuas palavras é tão grande que já não sei ter vontade menos genuina que esta, amontoando beijos, carinhos, gestos, carga, energia, afectiva, que não posso partilhar na medida em que te quero.

Por muito que procure entender..não há razões neste amor!

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