terça-feira, 1 de setembro de 2009

QUANDO ALGUÉM ATENDEU...

Subito. Inevitável.

Recomeça...e os voos recomeçam também.
Recolhi-me ao meu ninho, e ponderei.

Dragão de Ouro acorrentada por uma fita de Seda a uma Torre de Marfim.
Amor e Entrega de Regaço...como uma Pietá.

Mas dormia um sono de olhos semi cerrados, sempre à espera de te ver no horizonte.
E quando os estava quase a fechar de cansados, de sós, e descrentes, de revoltados e incrédulos, de tristes e sem fé, surgiste tu......

Ainda te vejo ao longe...não te aproximas, não sei de medo ou de afecto, ou se por medo de afecto algum.

Fico nervosa, e as minhas escamas reluzem!
Como posso eu derrubar uma Torre de Marfim, que é toda a minha Vida, por uma promessa de um Cavaleiro preso demais às suas honras?

Encho-me de entusiasmo e frenesim, mas não sou louca ao ponto de incendiar tudo aquilo que não te pertence, e que não tens sequer coragem de criar...ou oportunidade...talvez...melhor dizendo...

Prefiro amar-te com a convicção de que pertenço aqui, e que sou leal, á torre que guardo, e também a ti, estranho que me aprisionou a alma.

Quero apenas acreditar na nossa condenação, de jogadores, tu e eu a voarmos juntos.
Algures no tempo já existimos...e concerteza fizemos coisas maravilhosas, mas esta não é mais a hora de existirmos e eu não tenho forças para vencer um karma sózinha...

Lamento, mas sou amor e fogo, força e garra, instinto, desejo, audácia, mas sou só um Dragão.

Não sei se vais continuar a caminhar na minha direcção...eu porém, não vou voar para ti!

Desta vez cavaleiro, és tu quem tens de Voar! Será que consegues?

1 comentário:

  1. Coisas que só o destino o dirá...
    É assim. Eu já começo a perceber que além há vários amores sendo que um deles se subdivide. Há amor pelos filhos, pelo resto da familia, pelos amigos e pelas alma que nos preenchem.
    Mas essas almas... nunca nos preenchem na totalidade. Começo a perceber que o ser humano se calhar tem a capacidade de amar dois seres enquanto companheiro. Mas um desses é o amor que nos faz bem, que nos dá tudo, que está sempre lá. O outro é o amor platónico por quem davamos tudo, mas que acabamos por nunca ficar com ele por ter talvez dimensoes transcendentais. Talvez num outro estagio da nossa vida enquanto almas que somos, esse tal amor seja possivel.

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