domingo, 27 de setembro de 2009

Transformação ou escolha?

Do amor, ao imenso apreço.

Da sintonia perfeita à simpatia cobarde de conviver.

Reivindicação feminina ou cortesã por convicção?

Estou com tudo isto, a perder ou a ganhar a minha liberdade?

E a maternidade que me prende ao chão como se tudo dependesse de mim e não contam as minhas vontades?

Somente o resultado das escolhas.

Tenho uma admiração brutal pela minha cruz aceite ou pelo meu desejo constituido enquanto Mulher?

Para o Amor são precisos dois.

Quando acordo e me vejo, cruzo no espelho a pureza nua de mim, envergando os lindos e maduros vestidos do amor cortês e dedicado ao casamento.

São legitimos os frutos e são eles mesmos os tijolos para a obsessão que se ganha por direito e resulta em familias acomodadas.

Pensará alguém ser fácil, viver numa indiferença e frio instalados, sendo tão amistoso ao ponto de ser cruel e consentir um amor dorido, ferido, a levar o resto da nossa vida avante?

Já não consigo ter o corpo como morada e rejeito de forma instintiva e sistemática, qualquer toque, beijo, abraço, festa.
Com esta transformação onde procuro respostas definitivas, afogo sem piedade os nossos amores-próprios, e isso é mil vezes pior, que todas as agressões fisicas que já senti,e que infligi também.

Este TIC-TAC que aproxima a rotura e é como a passagem da morte, é um pêndulo invisivel sobre o extremo do que um dia já fui e do que sou faz já algum tempo.

Não nos chega a convivência e jamais poderemos existir em amizade amorosa.

Porque somos amigos, mas não podemos continuar sendo SÓ AMIGOS.

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