domingo, 13 de setembro de 2009

A importância da Torre de Marfim

De todas as explosões que já fizeram arder este Castelo, chegamos pela dor ao racional.

DORES
LUTAS
SANGUE
QUEZILIAS

Para chegar à constatação inteligente que mais do que viver pelo fogo, devemos viver pela tranquilidade, perceber onde vive efectivamente o nosso coração, e tentar não ficar limitado, desesperado, ferido.

Reflectir sobre toda esta vivência e ensinamento.

Penso que o silêncio que imprimimos, apazigua o meu espirito, não lhe tirando a força necessária da essência.

Apesar de toda a admiração não posso ser uma máquina afectiva, estática e garantida que devora as migalhas do teu amor incompleto ou da tua imensa ternura.A nossa amizade está condenada a ser um puro amor. que usa a razão de maneira moderada e astuta, mas sem soltar o coração ao devaneio de não sabermos o lugar das coisas ou das pessoas.

A minha Torre de Marfim, é a minha Vida, e através de ti, Cavaleiro erróneo, neste conto que não é de fadas, mas sim de Dragões incontroláveis, fizeste-me compreender da maneira mais dolorosa e ao mesmo tempo mais feliz, que o amor não justifica tudo.

Continuo a considerar-me o teu Dragão confidente, predilecto, o teu dragão amante da tua alma como ninguém, o teu Dragão amador nos desafios imensos da Vida, e é-me necessário compreender e assimilar isso....
Com tempo, com encaixe, sem falsas demagogias.

Mas fundamentalmente perceber que os nossos jogos de palavras, os voôs secretos, me deixam muitas vezes em perigo, incapacitada de perceber, de descriminar se valerá mesmo a pena!...

Viver um Ideal? Materializá-lo!!!!!!!

Preciso de equilibrio. Se numa mão seguro uma Torre de Marfim que conheço de cor, na outra seguro um Cavaleiro só, a precisar de colo e estimulo, mas tal como uma balança, o meu equilibrio tem de ser realista.

É errado procurar algo novo. achar que tenho de mudar toda uma Vida, quando apenas preciso consertar toda a fragilidade da minha Torre.

A importância da mesma não implica que para a honrar devidamente, eu deva viver o isolamento, ou abandonar todos os sonhos e peripécias.

Sou um Dragão e sinto-me abençoada por existir...
Quero muito manter o que é importante mas jamais perder a minha essência básica.

O amor que tenho á minha doce Torre, o amor que descobri em Ti, não tem de fazer de mim, uma lagartixa alterada no seu fundamental, naquilo que sou e que gosto, o que me faz feliz, a ideologia de existir.

Sou um Dragão de Fogo, de beijos, de toque, de festas e caricias, mas não tenho de ser um Dragão aos pedaços cansado e amargurado de segurar nos céus uma torre e um Cavaleiro com medo demais de si mesmo.

Posto isto, estou a começar a aprender.
Tem vezes que este vôo magnifico só a mim me pertence: ao que considero meu:
A importãncia da Torre de Marfim.

Ainda assim, serie suficientemente forte e feliz para não deixar cair e queimar em labaredas furiosas um de Vós?

Morrem no meu coração, e o que existe nele é Vosso também.
Mas somente tudo o que possuo.

Eu sou um Dragão.
Um Dragão poeta, sonhador e livre, e não estou disposta a negociar isso com ninguém.

Amo com as labaredas mais lindas do meu fogo, com os meus olhos, duas safiras nervosas, com a minha alma de Mulher, mas jamais, voltarei a deixar que alguém me absorva por completo, jamais deixarei que um abraço me despersonalize, jamais abandonarei todas as coisas da Vida, que aprecio, amigos que estimo.

Jamais serei satisfeita...se amarrada!

E por isso, amo a minha Torre e desejo-a com toda a força, em detrimento de adormecer e perceber AO ACORDAR, que nunca amei ou desejei de todo!

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