sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E eu passava a ferro ferverosamente...

Quando me ligaste, depois de te ter ligado, e no meio de nos pormos a falar das nossas operações cibernauticas e viciantes que são uma outra profissão que temos, tu balbuciaste os teus receios, e depois ainda pediste desculpa porque queres é ver-me assim:

Em estado de transe total
Com os dentes todos de fora, a sorrir que nem uma Menina
Porque encontrei o caminho de volta para casa

Não peças desculpa por me advertires
Por quereres naturalmente proteger-me, depois do que já me viste de gatas...

"MAIS QUÉ SABÊ?!!"(como diz minha irmã Penélope)

Eu vou mesmo deixar o inexplicavel trepar-me pelas pernas acima, e descer por mim abaixo com uma saudade imensa, porque por ora, por agora neste momento exacto, eu só quero perceber como se sai desta casa, como se encontra e se suporta uma casa nova, longe deste terror e holocausto, onde ainda passo os meus dias...

Este Amor, pois só posso mesmo chamá-lo de amor
Está agora mais perto, e concretiza-se junto de mim, dentro do meu corpo
E eu não tenho de percebê-lo, nem devo cobrá-lo
Pois eu só devo esperar que o tempo se encarregue de me pôr onde tenho de estar
E o mesmo se aplica, para este bocadinho de gelo que teimo, manter intacto, perto de mim, e com o qual alimento essa minha ideia de ser de alguém.

Que vire, e me revire do avesso
Que chegue ávido sem pedir licença
Que saiba que é Seu o que ainda não sabe..ou parece nem ser

Que se esvazie, e se acalme, e se entregue, uma e outra vez sem agenda...

Ainda não é tempo,....

Ainda não é perfeito o espaço,...

E eu entrego-me corajosa nas horas, sem pedir mais do que Deus reserva para mim
E aceitando, sob todas as formas a Sua imensa Glória!!!

Agora diz-me apenas: nos meus planos de contenção máxima é possivel juntar tostõezinhos para ir à Terra do Nunca, um fim de semana que seja??
Quero muito! Muito mesmo, e quero ver-nos sentadas na penumbra de um bar simpático encarnando Fernando Pessoa e Antero de Quental, senhores finos e muito fumantes, cigarros esotéricos, poncha morna deliciosa, e planearmos os sonhos dos próximos 10 anos.

Obrigada por ficares nervosa e a dar às asas quando me vês "doida" a Voar e a fazer corações de fumo nos céus...isso lembra-me que estás perto, que com as tuas asas espalhas pó de profunda guarda e cuidado, e nesse processo, por ti, na distância, eu sinto-me amada.

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