sábado, 5 de março de 2011

Emocionei-me...

Com uma musica cantada por Susan Boyle a Britânica ridicularizada em palco por todos, e que a todos pôs de gatas, com a sua maneira de interpretar a musica, com a Sua Voz a mostrar a sua imensa grandeza de entrar pelos corações das pessoas a dentro e dizer: "HELLO???"

Uma manhã calma e muito a meu gosto, um passeio na Baixa com todas as coisas de infância revividas; umas saudades atrozes do meu Avô Materno, do meu Pai, das nossas coisas,e da falta que me fazem.
No entanto ambos, ensinaram-me a dar o todo, a estar sozinha, e que devemos sempre perceber a segurança e a paz que existe em estarmos sós, em partilharmos de tudo o que acontece no nosso corpo e na nossa alma.

Fui para a Rua no meu preto amado e nos meus amuletos prateados que tanto amo e neles me refugio, os cabelos molhados e soltos em desalinho, com o básico mágico de um bom rimel e lápis preto.
Lábios imersos em protector, porque eu não tenho vocação para pintar os lábios de cor quando eles já são eles próprios, e eu sou isso mesmo.

Andar de metro, das coisas que mais gosto de fazer, olhando clara ou misteriosamente as Pessoas, tentando discorrer naqueles pouco minutos de análise o que acontece com eles, o que estão a pensar...

Uma enorme familia de 5 filhos, todos em escadinha, e o meu coração apertou-se apesar de tranquilo...é estranho estar "sazonalmente" com filhos, e mais estranho ainda é eu buscar essa familia enorme quando, de forma muito consciente, pus termo ao meu projecto pessoal de família.

Como se o meu desejo de me aninhar fosse maior do que ser isto ou aquilo, como se a minha natureza, fizesse nock, nock, na minha alegria em chocar ovos!

Já na Baixa e naqueles barulhos tão anestesiantes, enfiei-me numa livraria espectacular abrindo e fechando livros, como se andasse à procura de respostas; dos cientificos aos esotéricos, uma centena talvez...e depois literatura e Arte em barda...a minha cobiça foi só absorver pequenas mensagens e não trazê-los.

O dinheiro tem de ir para outro lado, e eu posso viver bem na mesma.
Pensei:...quanto mais desprendida..melhor...as coisas servem para nos proprocionar algo, qual o objectivo de as reter?

Pudesse eu ser desprendida de certas ideias como sou do material, mas sou agarrada a convicções, sonhos, os meus desejos são meus, e tem o poder de voar enquanto eu decidir e quiser. E isso absorve-me da banalidade do Mundo, e da vulgaridade de tanta coisa...

Pensei na minha relação atipica e assente em instabilidade e crise de valores.
E depois dei comigo a aceitá-la, sem medos de ela me deixar aquém das expectativas.
É uma escolha, ninguém tem culpa, e ao invés de dizer que tenho culpa, tenho é responsabilidades acerca. E responderei pelos meus actos como tiver de ser.
Há coisas de cerne interior do que sinto que já deixei das prioritizar: são o que são, e irão chegar onde tiverem de chegar...outras nem por isso...continuam cá, importantes e assumidas.

Importa saber que não é urgente saber a compatibilidade...
É urgente eu continuar a andar, sabendo que sou o centro, e as coisas, e as relações, vão lá estar ou não...no fim, por pior que seja o desfecho a lição estará aprendida, os bonus contabilizados e o saldo positivo: quanto mais não seja, porque eu sou a entrega em pessoa, e as minhas intenções estão às claras.

Poderia perder tempo a ser mesquinha e a procurar mover influências.
Poderia ser uma cochone frustrada, mas não sou!!

Tenho planos, e planos do BEM, do AMOR.

Regressei com dois frascos de detergente na mão, feliz de ir tratar da minha roupa, de estende-la, dobra-la, passa-la, lava-la e arrumá-la.
Recebi-me com a doce Randy Crawford para me inundar os ouvidos.

Um envelope debaixo da porta a dizer: Watson

Tudo muito sereno e mágico para ocupar o meu tempo, e ver que ele é valioso e é de viver agora, quando amanhã, poderá ser tudo tão diferente!...

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