quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Posso sempre Escolher

Ir para onde o coração e Deus me mostram
Ir para onde me sinto e vejo, me acho protegida e a salvo

Mas às vezes...quando te imagino, ou te apeteço
Quando preciso de partilhar e sugiro
Quando te quero único e exclusivo...parece que fico ridicula e imprópria, demarcada e deslocada, e os locais e os temas em que te sonho, deixam de estar bem e ser serenos, só porque eu queria e gostava muito...

Eu tenho de perceber que mais do que gostar, existe o fazer.
E as coisas simplesmente não se gostam, as Pessoas simplesmente não se amam, imensamente, com todo o prazer e pureza, e espontaneidade....

Não! Definitivamente não....e sinto-me Tonta!
Tonta e desiquilibrada no Vôo que faço, tonta na forma natural como te sinto, e mais tonta ainda porque a tua indisponibilidade, ou porque a tua indifirença inesperada surgem, e eu passo da sensação amena e linda, ao constatar traumático...

Será que o meu desejo e o que sinto está de acordo com o que de facto tem de ser?

Coincidiu este encontro de Vidas, esta conexão de pensamentos, e a minha inteligência (como dizes) levou-te a aceitar a sugestão de viveres um romance em formato de almanaque das horas secretas, e sim, quando podes, se te apetecer, se uma coisa se reune na outra, aceitas vivê-la e estás por escassos momentos de acordo com ela?

Sentes-te protegido?

Só me sinto, nesta altura precisa, porque o que sinto, é uma energia maior que todas as convenções, e sorte a minha que não preciso de arranjar desculpas, de alinhavar mentiras piedosas, em nome do "assim estamos todos bem", porque o que me vai aqui no peito, como uma gravidez psicológica, sempre numa alta e embevecida expectativa, flui naturalmente, e procura expandir-se sem reservas, sem defesas...

E assim, quando nem carne nem peixe, nem karmas, nem cepticismos totais, estamos imunes ás perdas e aos traumas.

Pois bem, no escarrapachar da realidade...
Naquilo que estou a diluir em dor nos ultimos minutos e no qual a escrita actua como um analgésico libertador, vejo e constato, aquilo que não quero acreditar, ou que tardo em querer ver e passo por choques emocionais imensos, mas também por uma necessidade brutal, não de recuar e optar pelo "seguro morreu de velho" mas de trancar esta gaita toda que me sai como vómitos, uns atrás dos outros e reensinar-me acerca de sentir, e de querer, e de dar, e de achar que precisas...precisas muito, e que eu, tudo o que sinto e dou funciona como um "oásis!"...

Mas na ignorância e no conflito, também se evolui, e chorar e ter picos do estou a fazer por estar bem, e nem sempre estou bem, não é vergonha nenhuma.
Nada disso! Em todos estes trambolhões de pensamentos, de eu achar que pode, que podemos, quando afinal não se pode nada e nada podemos de facto, eu evoluo concerteza para o nivel avançado da Tontice.

Estou a graduar-me de forma distinta.
Mas talvez eu pudesse evitar tudo isto.
Talvez eu devesse não dar nada, pelo menos desta sopa de letras que passa à reserva com uma facilidade entristecedora, e talvez no fim das contas...eu quisesse e exigisse mais, porque no fundo mereço pelo menos, um quanto baste,e não de sofrimento ou consternação para continuar a crescer.

Bastava ouvir atentamente quando me dizes: " Avança Dragão! Agora..Pára Dragão!" e entender que nada mais é além disso, e não...não sentiria tudo isto, desta forma...que mais uma vez, na vertente emocional me leva a querer desaparecer!

Voar, Voar, Voar...para Jamais ouvir a minha alma assim, estupidamente Tonta!
E isso sim, seria sabiamente escolher...porque tenho a possibilidade de escolher; interpretar mais a Verdade e não me ver...TONTA, DUPLAMENTE TONTA desta forma...

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